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Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 
 

MILTON SIQUEIRA

( Brasil – Rio Grande do Norte )

 

Nascido em 10 de novembro de 1911 no município potiguar de Pedro Velho, RN.

Considerado um dos representantes da poesia marginal do Rio Grande do Norte, Milton Homem de Siqueira foi o poeta natalense que mais tem a cara do Grande Ponto. Viveu seus últimos dias todo o cotidiano do centro da cidade. Todos os dias, era visto no Grande Ponto, vendendo poesia feita ao vivo, e das quais sobrevivia. Colaborou em diversos jornais e revistas de Natal, e é considerado pelas novas gerações como o nosso " poeta beat", pelo jeito rebelde e despojado que viveu seus últimos anos de vida. Muito popular, apesar de irascível como costumam ser os poetas. Um movimento popular quis fazê-lo imortal da Academia Norte-rio-grandense de Letras. Não consta que ele tenha se alegrado com a ideia. Afinal, era um outsider e tinha ojeriza a qualquer formalidade. Viveu isolado em uma casinha na beira da Praia do Pinto, lendas urbanas o colocam no centro de fofocas nunca atestadas.

Fragmento de biografia extraído de
https://saibamais.jor.br/2022/06/milton-siqueira-e-flores-de-cardeiro/

 

JORNALZINHO SEBO VERMELHO.   ANO I  No. 4 DEZEMBRO 1990. 
         Natal, RN: 1990.                              Ex. bibl. Antonio Miranda

 

O CORVO

Passou sobre minha alma o corvo atroz.
De Edgar Poe, e corveja noite e dia
O seu "slogan" de tétrica ironia
"Nunca mais"! Nuna mais! — fatal, feroz!

E desde então morrem a luz dos sóis
Dos meus sonhos de amor e de alegria
Amortalhados na melancolia
Os meus anseios altos de albatroz!

...Nunca mais!  Nunca mais! Corvo vilão
Disseste certo, mas além do mundo
Hei de ter luz e paz em profusão...

"Nunca mais!  Nunca mais!"  o vento leva
O veredicto trágico e iracundo
Às Sodomas perdidas sob a treva!



RIO GRANDE DO NORTE
Ao amigo Cleobulo Cortês.

 

Berço florido da hospitalidade
Potiguarania intrépida e viril
Nenhuma tem maior brasilidade
Do que tu, entre as terras do Brasil!

De Camarão possuis o sangue heril
De Miguelinho a indômita bondade
De Severo o caráter varonil
De João Maria a doce caridade.

Teus santos, tens poetas, tens heróis
Brilham na luz eterna de mil sóis
Encastoados no teu firmamento!

No sacrário de tua altiva história
Fulguram joias de rútila glória
Pérolas do mais puro sentimento!

 

 

DECADÊNCIA

Sem moral, sem amigos, sem dinheiro
Sem justiça, direito e liberdade
Meu amor jaz assim prisioneiro
No calabouço da infelicidade.

Sou desgraçado e mísero rafeiro
Sob o chicote da perversidade
Egresso do mais negro pardieiro
Os xadrezes cruéis da insanidade.

As aves cantam na gaiola escura
Os presos cantam no presídio horrendo
Cantam os loucos em plena loucura!

Assim também meu canto é o triste canto
De quem na mágoa eterna vai morrendo
Canto feito de dor e de pranto!

 

*

VEJA e LEIA outros poetas do RIO GRANDE DO NORTE em nosso Portal:

http://www.antoniomiranda.com.br/poesia_brasis/rio_grande_norte/rio_grande_norte.html

 

Página publicada em setembro de 2022


 

 

 
 
 
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